sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Resumo da lição 10 – A alegria do salvo em Cristo



Texto áureo: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4.4).
Leitura para discussão: Filipenses 4:1-7

Alegria, regozijo e contentamento são expressões comuns ao longo da Bíblia, mais especificamente nas cartas de Paulo aos Filipenses. Elas revelam como Paulo era feliz com a vida que possuía e tinha certeza no que cria, apesar de muitas vezes estar preso, ser açoitado ou ver sua fé sendo motivo de chacota. Ele não se deixou abater pelas circunstâncias que o cercavam, pois ainda assim via a providência de Deus na sua vida e na vida de seus companheiros.
A lição é dividida em três tópicos, a saber:
I - Exortação à alegria e firmeza da fé (v. 1 a 3): Paulo diz que os crentes de Filipos são a “alegria e coroa”, aconselhando-os a continuarem firmes no Senhor. Ele manifestou seu orgulho e carinho para com os irmãos de Filipos, mesmo estando longe e encarcerado. Para Paulo, bastava saber que eles estavam bem e caminhando com o Senhor para que ele estivesse feliz.
No entanto, como em qualquer igreja, havia desentendimentos. Nos versículos 2 e 3 Paulo roga que um obreiro, juntamente com Clemente, procurasse reestabelecer o relacionamento entre Evódia e Síntique, duas mulheres que cooperaram bastante na edificação da igreja de Filipos e contribuíram para o apostolado de Paulo. Na verdade, esta solicitação de Paulo revela a necessidade de sempre atentarmos para as necessidades do próximo, com o devido cuidado e respeito, tal como relatado em 1 Coríntios 12:12-27.
Além disso, o versículo 3 fala a respeito da alegria de ter o nome escrito no livro da vida. A expectativa de estar com o Senhor na eternidade deve nos trazer felicidade e gozo.

II – A alegria divina sustenta a vida cristã (v. 4 e 5): Paulo afirma que devemos nos regozijar no Senhor. Mas, afinal de contas, o que é regozijar? É alegrar-se plenamente. Paulo afirma que a alegria cristã é o Senhor Jesus, que promoveu a nossa reconciliação com Deus. É a presença viva do Espírito Santo em nós que produz a certeza da alegria.
É por isso que, mesmo em meio às adversidades sofridas em Filipos, o apóstolo teve grandes experiências de alegrias espirituais. Quando o apóstolo foi confrontado interiormente e pediu a Deus para que fosse tirado o “espinho de sua carne”, o Senhor lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9a). Após esse episódio, Paulo então pode afirmar: “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habita o poder de Cristo” (2 Co 12.9b).
Cabe esclarecer que uma das virtudes da alegria é produzir moderação. No versículo 5 é utilizado o termo “equidade”, traduzido como moderação, por se tratar de sinônimos. A moderação diz respeito à amabilidade, benignidade e brandura. Levando em conta o contexto de Filipenses, os termos referem-se à pessoa que nunca usa de retaliação quando é provada ou ameaçada por causa de sua fé. Em outros termos, “O homem que tem moderação é aquele que sabe quando não deve aplicar a letra escrita da lei, quando deve deixar a justiça e introduzir a misericórdia” (William Barcklay).

III – A singularidade da paz de Deus (v. 6 e 7): a alegria de Deus desfaz a ansiedade, uma vez que este sentimento contraria a confiança que afirmamos ter em Deus. No versículo 7 é citada a “paz de Deus, que excede todo o entendimento”; fica claro que paz e alegria estão intimamente ligadas, ou seja, não há alegria sem paz interior. E a paz que tanto esperamos vem do próprio Jesus: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14.27).
Em síntese, a paz de Deus transcende qualquer compreensão humana, pois não há como discuti-la filosófica ou psicologicamente. Há casos em que somente a paz de Deus acalma os corações perturbados. É a paz divina que excede todo o entendimento, pois não depende das circunstâncias.

Conclusão: A carta aos Filipenses destaca a alegria do Senhor como virtude de sustentação da vida cristã. Não se trata de uma alegria passageira ou meramente emocional. Na verdade, a alegria do Senhor alimenta nossa alma, produzindo paz e segurança, pois independe de nossos sentimentos e frustrações.


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