História
Oficialmente conhecida como Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e
Tratados, as Testemunhas de Jeová são a obra da vida de Charles Taze
Russell, nascido em 16 de fevereiro de 1852, perto de Pittsburgh, Pensilvânia.
Em 1870, ainda na adolescência e sem educação teológica formal, Russell
organizou uma classe de estudos bíblicos, cujos participantes posteriormente o
tornaram “pastor”.
Em 1879, ele fundou a revista Zion’s Watchtower [Torre de Vigia de
Sião], na qual publicou a sua singular interpretação da Bíblia e , em 1886, foi
publicado o primeiro volume dos sete livros (seis escritos por Russell)
intitulados The Millennial Dawn [A
aurora do milênio](a obra foi mais tarde renomeada como Studies in the Scriptures [Estudos das Escrituras]).
Até a sua morte em 1916, o
“pastor” Russell, de acordo com a Torre de Vigia, viajou mais de um milhão de
quilômetros, proferiu mais de trinta mil sermões e escreveu livros que totalizaram
mais de cinquenta mil páginas.
Alguns meses depois da morte de
Charles Taze Russel, o conselheiro legal da sociedade, Joseph Franklin
Rutherford, tornou-se o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia. Foi sob
a sua liderança que o nome “Testemunha de
Jeová” foi adotado.
Rutherford morreu em 1942, sendo
sucedido por Nathan H. Knorr. Durante a presidência de Knorr, a sociedade
passou de 115.000 para mais de dois milhões de membros. Em 1961, ainda sob a
liderança de Knorr, a entidade produziu a sua própria tradução inglesa da
Bíblia, intitulada New World Translation of Holy Scriptures [A tradução do Novo
Mundo das Escrituras Sagradas].
Suas publicações(na
prática) tem mais importância que a Bíblia
Observe essa citação do “pastor” Russell:
“(...) descobrimos que
as pesoas não conseguem perceber o plano divino ao estudar diretamente a
Bíblia, mas acreditamos também que se alguém deixar de lado os Estudos das
Escrituras[livros publicados por Russell] (mesmo após tê-los usado, ter se
familiarizado com eles, tê-los lido durante dez anos), se essa pessoa deixá-los
de lado e ignorá-los, e voltar-se somente para a Bíblia, embora a tenha
compreendido surante dez anos, a nossa experiência mostra que dentro de dois
anos, a pessoa mergulhará na escuridão. Por outro lado, no caso da pessoa ler
apenas os Estudos das Escrituras[livros publicados por Russell] com referências, mesmo sem consultar uma
página da Bíblia, ao término de dois anos ela estará na luz, porque terá a luz
das Escrituras”. (Russel, Charles Taze. The Watchtower, 1910, pág 298)
A Trindade
Segundo a teologia da Torre de Vigia, nem Jesus nem o
Espirito Santo são Deus. Obseve o seguinte fragmento:
“A doutrina da
trindadde não foi concebida por Jesus ou pelos primeiros cristãos.[...] A
verdade óbvia é que essa é outra das tentativas de Satanás para impedir a
pessoa temente a Deus a aprender a verdade de Jeová e de seu filho Cristo
Jesus”. (Let God Be true, 1952)
Jesus Cristo
No
sistema teológico das Testemunhas de Jeová, Jesus Cristo não é o Deus encarnado
humano, mas antes um ser criado. Observe os fragmentos:
“Jesus, o Cristo, um
indivíduo criado, é o segundo maior personagem do Universo. Jeová Deus e Jesus
juntos constituem as autoridades superiores”. (Make Sure of All Things)
“Ele foi um deus, mas
não o Deus Todo-Poderoso, que é Jeová”. (Let God Be true, 1952)
“Se Jesus fosse Deus,
então durante a sua morte Deus estaria morto na sepultura”. (Let God Be
true, 1946)
“A verdade da questão
é que o verbo é Cristo Jesus, que teve um princípio”. (Let God Be true,
1946)
Na
tentativa de dar legalidade as suas afirmações, os Testemunhas de Jeová, apelam
à Bíblia. No entanto, é a própria Bíblia que contradiz a sua teologia,
revelando ser esta tanto não-bíblica quanto não-cristã.
João 14. 28
“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a criação”
Esse versículo refere-se a subordinação voluntária de Jesus
durante a sua vida terrestre, quando Ele, de boa vontade, colocou-se em
submissão ao Pai. Não diz nada sobre a sua natureza, apenas sobre a sua posição
temporária na terra. Assim, o “maior que” refere-se à sua situação, não a sua
pessoa.
Colossenses 1. 15
“Este é a imagem do
Deus invisível, o primogênito de toda a criação”
As Testemunhas de Jeová interpretam a passagem como “o
primeiro a ser criado”. Porém, a própria passagem afirma que Cristo é o Criador
de todas as coisas(v. 16 e 17), não um ser criado. O título de primogênito se
refere à sua posição preeminente, não que Ele seja a “primeira criação” de
Jeová.
No entanto, em Colossenses 1. 16 e 17, a palavra outras foi
inserida de modo injustificado ao longo de toda a passagem. Não há nenhuma
palavra equivalente no texto grego, e nenhuma tradução respeitável a inclui.
Quando se sabe que as Testemunhas de Jeová assumem que Jesus Cristo é um ser criado,
fica fácil entender por que eles inserem “outras”. Compare os dois fragmentos a
seguir:
·
Almeida Corrigida e revisada Fiel: Colossenses 1.16-17
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e
na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
·
A tradução do Novo Mundo: Colossenses 1.
16-17
“Porque mediante ele
foram criadas todas as [outras] coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis
e as coisas invisíveis, quer sejam tronos, quer senhorios, quer governos, quer
autoridades. Todas as [outras] coisas foram criadas por intermédio dele e para
ele. Também, ele é antes de todas as [outras] coisas e todas as [outras] coisas
vieram a existir por meio dele”.
O
original no grego somente declara: “Ele é
antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas”, sem acréscimo de
“outras”.
OBS: Lembremos, que uma inclusão de uma palavra em um texto
só pode ser feito se ela estiver implícita no contexto da tradução, o que não é
o caso da Tradução do Novo Mundo. Um exemplo de não alteração do sentido é em
Lucas 13. 2,4
João 1.1
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era Deus”.
Na
Tradução do Novo Mundo em vez de aparecer “e
o verbo era Deus”, aparece “e o verbo
era um deus” . Essa tradução torna Jesus Cristo menos do que Deus,
relegando-o à posição de um “ser criado”, conforme a teologia da Torre de
Vigia.
Não
existem quaisquer autoridades ou traduções respeitáveis que apóiem a leitura:
“O Verbo era um deus”.A única tradução que interpreta parecido com a Torre de
Vigia é a The New testament in an
Improved Version Upon the Basis Of Archbishop Newcome’s Newm Translation: With
a corrected Text [O Novo Testamento numa versão aprimorada sob as bases da
nova tradução do arcebispo Newcome: com um texto corrigido], impresso em
Londres em 1808. Tal tradução, antiquada e obscura, feita por um unitarista não
pode ser considerada respeitável.
·
Explicação gramatical de João 1. 1
A explicação gramatical dada pela
Torre de Vigia para a sua tradução de João 1.1 é insatisfatória. Eles
argumentam que theos (a palavra grega para Deus) ocorre em João 1. 1 em duas
oportunidades: uma vez com o artigo definido “o” e outra sem. Quando aparece
sem o artigo definido (na última oração de João 1.1), eles consideram
justificado traduzi-la por “e o Verbo era um deus”.
Nos primeiros dezoito versos do
Evangelho de João, a palavra para Deus – theos – aparece seis vezes sem o
artigo definido (v. 1,6,12,13, e duas vezes no v. 18). Mas, em cada passagem, é
interpretada como Deus (referindo-se a Jeová) com exceção da última oração do
versículo 1, quando se refere a Jesus!
Se as traduções da Torre de Vigia
fossem consistentes, o versículo 6 deveria expressar: “houve um homem enviado
de um deus”. Além disso, no versículo 12 se deveria ler: “[...] deu-lhes o poder de se tornarem filhos de um deus”, etc. Por
que apenas no versículo 1 eles se recusam a traduzir theos como Deus
(significando Jeová)?
Concluímos que não existe nenhum
fundamentopara se traduzir João 1.1 como “o Verbo era um deus”, conforme ocorre
na Tradução do Novo Mundo. É uma tradução parcial que não pode ser justificada
gramaticalmente.
De acordo com o testemunho da
bíblia, o Verbo(Jesus Cristo) de João 1.1 deve ser ou o único verdadeiro Deus,
Jeová, ou um falso deus(Êx. 20.3).
João 8.58
“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou”.
A Tradução do Novo Mundo traduz mal o versículo, fazendo-o significar: “Antes que Abraão existisse, eu tenho sido”.
A Tradução do Novo Mundo traduz mal o versículo, fazendo-o significar: “Antes que Abraão existisse, eu tenho sido”.
No contexto de João 8.58 (8.42 – 9.12),
o verbo “ser”, ocorre 22 vezes no modo indicativo e a Tradução do Novo Mundo
verte 21 das 22 de forma correta. A única tradução incorreta está em João 8.58.
Por quê?
O Dr. A.T. Robertson, um dos maiores
estudiosos gregos que já existiu, após traduzir ego eimi como “Eu Sou”, disse o
seguinte sobre João 8.58: “Sem dúvida
nesse ponto Jesus declara sua existência eterna com a frase absoluta usada por
Deus”. (Robertson, A.T. Word
Pictures in the New Testament 5. New York: Harper & Row, 1930-33)
O Espírito Santo
De acordo com
a Sociedade Torre de Vigia, o Espírito Santo não faz parte da Divindade. Tanto
a personalidade quanto a divindade do Espírito Santo (definido como”a força
ativa invisível do Deus Todo-poderoso que leva os seus servos a cumprir a sua
vontade”) são negados. A personalidade do Espírito Santo é constantemente
rejeitada ao longo da Tradução do Novo Mundo que não escreve o termo “espírito”
com letra maiúscula ao se referir ao Espiríto Santo.
Para difundir
o erro, eles não traduzem de forma correta passagens como Efésios 4.30(“Também, não contristeis o espírito santo
de Deus, com que fostes selados para um dia de livramento por meio de resgate”)
e João 14.26(“Mas o ajudador, o espírito
santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos
fará lembrar todas as coisas que eu vos disse”). No entanto, ambos os
versos mostram personalidade do Espírito Santo. Como se poderia entristecer
algo impessoal? Ou como conseguiria uma “força impessoal” ensinar todas as
coisas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário